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Vik Muniz é um artista plástico brasileiro, nascido em São Paulo e morador de um bairro de classe média baixa até o dia em que pagou uma passagem de intercâmbio para os Estados Unidos (graças ao dinheiro que ganhou através de um acidente). Durante sua estadia no país estrangeiro, o artista visitou Nova York e encantou-se por ela, radicando-se na cidade até os dias de hoje.

No documentário Lixo Extraordinário, Vik Muniz expõe para si e a audiência uma realidade totalmente diferente: a vida das pessoas que moram e vivem da colecta de materiais recicláveis*. E é com estes catadores que o artista cria as imagens usando o material que eles recolhem todos os dias. O principal objetivo de Vik não é apenas fugir das belas artes tradicionais mas também "ser capaz de mudar a vida de um grupo de pessoas com o mesmo material que elas lidam todo dia.".
Assim, Vik Muniz tem o primeiro contato com Jardim Gramacho através de um vídeo do YouTube, enviado por Fábio Ghivelder, seu amigo e assistente. Este, o alerta sobre os perigos de trabalhar no lugar: o aterro é rodeado de favelas sob o comando do tráfico de drogas, além do fato das pessoas serem excluídas da sociedade pois o lugar onde elas estão é o fim da linha, o lugar onde as coisas ruins vão, incluindo as pessoas - como Muniz mesmo disse.

O Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho (o qual foi fechado em junho de 2012), localizado na cidade de Duque de Caxias, recebia 70% do lixo da cidade do Rio de Janeiro e 100% de Duque e cidades próximas. Portanto, o aterro era considerado o maior do mundo em termos de volume de lixo recebido diariamente. Outro dado interessante é a quantidade de material reciclável retirada pelos catadores: 200 toneladas/dia.

A experiência começou em 2007 e teve seu fim em 2009. Nesse entanto, Muniz conheceu vários catadores, fotografou-os de diferentes formas e ângulos e retratou-os com os materiais coletados pelos próprios. Alguns dos retratos feitos pelo Vik foram inspirados em obras