Latour
Um dos fundadores dos chamados Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia (ESCT), ou social studies in science, sua principal contribuição teórica é o desenvolvimento da ANT - Actor Network Theory (Teoria ator-rede) que, ao analisar a atividade científica, considera tanto os atores humanos como os não humanos, estes últimos devido à sua vinculação ao princípio de simetria generalizada.
Conhecido pelos seus livros que descrevem o processo de pesquisa científica, dentro da perspectiva construtivista que privilegia a interação entre o discurso científico e a sociedade, os de maior destaque são: Jamais Fomos Modernos e Ciência em Ação.
Jamais fomos modernos
Capítulo I
Refere-se à constante divisão que se faz das áreas de conhecimento e sua separação dos interesses, poder e política dos homens.
Diz que se costuma tratar os assuntos de acordo com três categorias dos críticos: a natureza, a política e o discurso, mas que essas pesquisas assim divididas não seriam a respeito da natureza ou conhecimento, nem da política, nem do discurso, mas sim seriam a respeito de “seu envolvimento com nossos coletivos e com os sujeitos”.
Nossa vida intelectual seria mal construída, por não perpassar essas três categorias, mas sim separá-las como se fossem distintas em sua relação com os indivíduos e a sociedade. Por esse motivo a crítica entraria em crise, por se debater contra essas redes, tentando dividi-las em categorias distintas e não relacionadas.
Pg. 8 “O navio está sem rumo: à esquerda o conhecimento das coisas, à direita o interesse, o poder e a política dos homens”
Capítulo II
A modernidade não é uma época, mas uma atitude (separação sujeito x objeto – humano x não humano) – Já que não demos conta de tratar do hibridismo jamais fomos modernos.
- valores sociais que permeiam a sociedade moderna – o mundo natural e o mundo social seriam separados também através da constituição “moderna” da verdade. É o momento em que o autor chega à conclusão da