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A luz da razão volta a brilhar forte sobre a Europa no século XVIII. O cientista olha para o céu e se pergunta sobre a configuração das estrelas, o filósofo questiona o direito da nobreza a uma vida privilegiada. Razão e ciência iluminam a trajetória humana, explicando fenômenos e propondo novas formas de organizar a sociedade.
O SÉCULO DAS LUZES
Como vimos, a estética barroca sofreu forte influência da tensão religiosa desencadeada pela Reforma Protestante. Superado o momento da reação católica mais violenta, com o reaparecimento do Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) e da perseguição aos hereges, o fim do século XVII testemunha o início de uma importante mudança de mentalidade. A partir das descobertas do físico Isaac Newton sobre a gravitação universal e sobre os movimento dos corpos, a pesquisa cientifica como forma de compreender e explicar o funcionamento da natureza ganha forte impulso. O ser humano recupera, aos poucos, seu desejo de encontrar explicações racionais para os fenômenos que observa à sua volta. As ameaças de condenação eterna e a necessidade de subordinação absoluta ao poder divino perdem força. No início do século XVIII, pensadores e cientistas já haviam determinado novos rumos para o pensamento humano e, com isso, começam a redefinir também os padrões da produção cultural do século XVII. O reinado da fé foi substituído pela crença na racionalidade. Grandes filósofos, como Descartes, Voltaire, Diderot, Rousseau e Montesquieu, adotam a razão como parâmetro para analisar as crenças tradicionais, as opiniões políticas e a organização social. Para eles, a razão e a ciência seriam os “faróis” que guiariam o ser humano para longe do obscurantismo e da ignorância que haviam predominado em séculos anteriores. Por esse motivo, a razão é metaforicamente apresentada nesse momento como a luz interior. Essa postura, que valoriza o conhecimento cientifico e racional, foi definida como iluminista.
luminismo – é a denominação dada ao