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Os Jogos Olímpicos terão regras sem precedentes que limitam o marketing de empresas que não pagaram grandes somas aos patrocinadores oficiais
Por DAVID SEGAL
LONDRES - É uma das competições mais ferozes dos Jogos Olímpicos. A cada dois anos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a cidade sede combatem as empresas que querem aproveitar o prestígio dos Jogos e sua exposição global mas não pagaram a pequena fortuna exigida para ser um patrocinador oficial.
O "marketing de emboscada", como é chamado, existe há décadas, e nenhuma empresa praticou essa arte obscura com mais sucesso que a Nike. Os triunfos da gigante das roupas esportivas e de outros emboscadores levaram o COI a impor regras ainda mais rígidas.
Nenhuma cidade traçou regras tão amplas e firmes quanto Londres, que, com a ajuda do Parlamento britânico, criminalizou as táticas de emboscada mais conhecidas e tornou as ofensas menores passíveis de multas de US$ 30 mil ou mais.
Desde que essas leis foram aprovadas, o comitê organizador de Londres foi acusado de proteger seus patrocinadores com excesso de zelo. Mas permanece uma pergunta: as regras vão funcionar? Elas vão passar no teste mais duro de todos -manter do lado de fora um emboscador dedicado como a Nike?
Aparentemente sim.
Na quarta-feira, a Nike publicou um anúncio de 60 segundos no YouTube que marcou o lançamento mundial de uma campanha chamada "Encontre sua grandeza". O anúncio usa uma ideia que teria desrespeitado as regras e a coloca de ponta-cabeça. Em vez de mostrar atletas olímpicos em ação em Londres, na Inglaterra, os espectadores verão atletas desconhecidos em cidades e aldeias chamadas Londres ao redor do mundo.
"Não há grandes comemorações aqui, nem discursos nem refletores", declama um narrador com sotaque inglês. "Mas há grandes atletas. De alguma forma passamos a acreditar