Invenção dos Direitos Humanos
A autoevidência dos direitos humanos
As duas primeiras declarações dos direitos humanos consideraram-nos AUTOEVIDENTES, ou seja, que eram invioláveis e podiam ser percebidas por qualquer ser dotado de raciocínio.
Mas se a igualdade dos direitos é tão autoevidente, por que essa afirmação tinha que ser feita e por que só era feita em tempos e locais específicos? Como podem os direitos humanos serem universais se não universalmente reconhecidos?
“Concordamos com o direito, mas não nos pergunte por que?”
Os direitos podem ser autoevidentes quando até hoje se discute o que Jefferson queria de fato dizer com sua primeira declaração, ou quando ela mesma foi modificada diversas vezes antes de, enfim, ser publicada?
A reinvidicação da autoevidência se baseia em ultima analise num apelo emocional: é convincente se ressoa dentro de cada individuo. Alem disso, temos certeza que um direito humano está em questão quando nos sentimos horrorizados pela sua violação.
Os direitos humanos tem como base a autonomia e a empatia, e nenhuma delas estavam determinadas: eram habilidades que podiam ser aprendidas.
Os romances epistolares
Geralmente focados em heroínas, que eram convincentes porque a sua busca de autonomia nunca podia ser plenamente bem-sucedida, já que as mulheres tinham poucos direitos legais sem os pais ou maridos. Isso gerava uma identificação com os leitores, até mesmo os homens, porque individualmente todos tem limitações a serem vencidas, e era fácil compartilhar do desejo das personagens de superar as delas, mesmo que não fossem diretamente as mesmas que as do leitor.
A força de vontade, a personalidade e o sofrimento das mulheres nesses romances, por estarem em primeira pessoa, permitiram a identificação ainda mais profunda entre personagem e pessoa real, abrindo espaço para o desenvolvimento da apatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e sentir sua dor ou felicidade.
Os leitores que sentiam empatia pelas