Inteligência Emocional
Pesquisa defende a existência de diversos tipos de inteligência relacionados a diferentes áreas do cérebro. Por isso, os atuais testes de QI são 'uma simplificação enorme' Testes padronizados de quociente de inteligência (QI) geram resultados enganosos. É o que mostra um estudo feito a partir da maior enquete on-line sobre o tema, que envolveu milhares de pessoas de várias culturas, idades, credos e nacionalidades. Segundo um dos autores da pesquisa, Adam Hampshire, da Universidade Western Ontario, há diferentes tipos de inteligência, relacionadas a diferentes áreas do cérebro, e por isso não é possível medir a capacidade intelectual sem exames mais detalhados. "Uma pessoa pode ser forte em uma área, mas isso não significa que será forte em outra", diz o pesquisador, em entrevista ao site de VEJA.
A pesquisa, publicada na revista Neuron em dezembro, contou com a participação via internet de mais de 100.000 pessoas. Elas responderam a uma pesquisa de hábitos e histórico de vida e a 12 testes cognitivos relacionados a memória, raciocínio, atenção e capacidade de planejamento.
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CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Fractionating Human Intelligence
Onde foi divulgada: revista Neuron
Quem fez: Adam Hampshire, Roger R. Highfield, Beth L. Parkin e Adrian M. Owen
Instituição: Universidade de Western Ontario, Canadá
Dados de amostragem: Mais de 100.000 pessoas
Resultado: Medir a inteligência através de testes padronizados é enganoso.
Os resultados mostraram que quando uma vasta gama de capacidades cognitivas é explorada, as variações observadas são explicadas por pelo menos três diferentes componentes: memória de curto prazo, raciocínio e um componente verbal. Exames de ressonância magnética mostraram que as diferentes habilidades cognitivas estão localizadas em circuitos distintos do cérebro e que não há um "fator geral" de inteligência coordenando as diversas