Iconografia e Iconologia

1. Introdução
Biografia de Erwin Panofsky

Nascido em Hannover no ano de 1892, Erwin Panofsky, crítico e historiador de arte, foi um dos principais representantes do chamado método iconológico.
Panofsky, depois de estudar em várias universidades alemãs, completa os seus estudos, graduando-se em 1914 na Universidade de Friburgo, com uma tese sobre o pintor alemão Albrecht Dürer.
Em 1924 surge a sua primeira grande obra, “Idea: uma contribuição para a história das ideias na história da arte”, onde Panofsky examina a a história da teoria neo-platônica na arte.
Entre 1926 e 1933 foi professor na Universidade de Hamburgo.
Para Panofsky, a História de Arte é uma ciência em que se definem três momentos inseparáveis no ato de interpretar as obras na sua globalidade: a leitura da imagem, a interpretação do seu significado iconográfico e a correspondência do seu conteúdo essencial como expressão de valores.
Durante a sua vida, Panofsky estudou profundamente a Arte Medieval e a do Renascimento, estando isso bem representado na sua obra Renascimentos e Renascimentos na Arte Ocidental.
Morre em Nova Jérsia, no ano de 1968.

1. Desenvolvimento

I
Erwin Panofsky inicia este capítulo definindo iconografia. Para ele, iconografia é o estudo do significado existente na obra de arte em oposição à sua forma. Desde logo, Panofsky propõem-se a tentar definir a distinção entre assunto ou significado e forma.
Através dos resultados de uma análise a situações da vida quotidiana, “o erguer do chapéu”, comparando-os com uma obra de arte, Panofsky distingue assunto ou significado em três estados diferentes:

1. Significado primário ou natural, subdivido em factual e expressional

É apreendido pela identificação de formas puras, ou seja, certas configurações que representam objectos naturais familiares, pelas suas relações enquanto eventos, e ainda por aspectos expressionais (posição ou gesto). Todos estes pontos pertencem ao mundo dos significados