Howard gardner na educação infantil
O dicionário Michaelis (2009) define como inteligência:
1 Faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar; entendimento, intelecto. 2 Compreensão, conhecimento profundo. 3 Filos Princípio espiritual abstrato considerado como a fonte de toda a intelectualidade. 4 Psicol Capacidade de resolver situações novas com rapidez e êxito (medido na execução de tarefas que envolvam apreensão de relações abstratas) e, bem assim, de aprender, para que essas situações possam ser bem resolvidas. 5 Pessoa de grande esfera intelectual.
Porém, essa definição não é suficiente por estar pouco enquadrada para a visão dos estudiosos em educação.
Para melhor entendimento, considera-se pertinente traçar um panorama histórico breve sobre a inteligência.
Povos de culturas tradicionais acreditavam que os mais velhos seriam os mais sábios, adotavam portanto como líderes, as pessoas idosas, chefes de famílias ou clãs.
Os povos tradicionais podem admirar a alfabetização, mas eles geralmente não definem a inteligência em termos de habilidades de ler e escrever. Em vez disso, como revelam os ilhéus de Puluwat e as tribos africanas, uma capacidade de lidar sabiamente com os outros é em geral considerada como um sinal de Inteligência entre as culturas tradicionais. Esse foco faz muito sentido, especialmente porque essas culturas dependem dos esforços de muitas pessoas para assegurar suas necessidades básicas. (GARDNER; KORNHABER; WAKE, 1998, P.20)
A atual sociedade capitalista considera inteligente o indivíduo de rápida compreensão, astuto, sábio, com capacidades mais avançadas na leitura, escrita e cálculos, o que acaba por marginalizar e rotular os que não conseguem tais feitos.
Nas sociedades tradicionais as crianças convivem em um ambiente cheio de oportunidades para aplicar suas habilidades em situações concretas, aprendem valores e habilidades de sua cultura observando o que os mais velhos fazem. Para atender às necessidades básicas de todos é preciso que haja