hospitais

Breve Histórico dos Hospitais
O hospital nem sempre foi um lugar que abriga doentes com objetivo de cuidar, tratar e curar. As questões que perpassam o ambiente hospitalar hoje surgem em sua evolução histórica e têm origem no século XVIII.
A consciência de que o hospital pode e deve ser um instrumento destinado a curar aparece em torno de 1780 (séc. XVIII), a partir de visitas, inquéritos e de observações sistemáticas e comparativas realizadas nos Hospitais, Prisões e Lazaretos da época.
O hospital da Idade Média, onde se misturavam doentes, loucos, devassas e prostitutas, não era concebido para curar, ele era um ambiente de exclusão, assistência e transformação espiritual. O hospital, naquela época não era uma instituição médica, e a medicina era uma prática não hospitalar. Os inquéritos do século XVIII são importantes para renovação dos preceitos hospitalares, pois é a partir deles que se constitui a medicina hospitalar ou os hospitais médicos e terapêuticos, que se mantêm até os dias de hoje.

O hospital era essencialmente uma instituição de assistência aos pobres. Instituição de assistência como também de separação e exclusão. O pobre, como pobre tem necessidade de assistência e, como doente portador de doença e de possível contagio, é perigoso.(Foucault, 1979)

O hospital tinha duas funções, recolher este pobre e proteger os outros (a sociedade) do perigo que ele representava. Na realidade, havia um equívoco de funções, pois o ideal deste hospital não era o doente, mas o pobre que estava morrendo e precisava de ajuda. Alguém que está morrendo deve receber os últimos cuidados, os últimos sacramentos. Assim, neste período, a assistência disponibilizada era caritativa e oferecida por religiosos e leigos que, além da ajuda material, ofereciam também a assistência espiritual, como forma de “expiar” suas culpas e obter “salvação” eterna.

Por outro lado, a medicina do século XVII e XVIII era absolutamente individualista. Sua formação era iniciada pela