Hospital
Florianópolis, SC, 21 e 22 de novembro de 2013
ESQUECER OU RELEMBRAR O PASSADO?
O MUSEU DA LOUCURA E AS REFLEXÕES ACERCA DO HOSPITAL COLÔNIA
DE BARBACENA ATRAVÉS DOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO
Lucas Kammer Orsi1
Resumo: Inaugurado em 1996 na cidade de Barbacena (MG), o Museu da Loucura é considerado pioneiro no Brasil pela sua temática: a loucura. O acervo da instituição abriga fotografias e documentos textuais dos pacientes, mas também objetos museológicos, tais como aparelhos de eletrochoque e de raios-X. Seu objetivo é preservar a história do Hospital Colônia de Barbacena, fundado no início do século XX e considerado um dos maiores manicômios do Brasil. O Hospital é marcado pelo sofrimento e pela impunidade e em seu espaço é criado o Museu, em meio ao cenário dos primórdios da Reforma Psiquiátrica e do surgimento da Luta Antimanicomial como maneira de
“fazer justiça” aqueles que foram instituídos como loucos. O presente trabalho tem como objetivos perceber de que maneira os veículos de comunicação criam e promovem a imagem da instituição através da divulgação do Museu, atingindo a grande público, bem como discutir de que maneira o patrimônio pode refletir na maneira como é tratada a loucura nos dias de hoje.
Palavras-chave: Loucura, reflexão, patrimônio, memória, sofrimento.
Introdução
O trabalho que aqui se segue está vinculado ao Programa de Extensão “Arquivos
Marginais: Crime e Loucura em Santa Catarina”, pertencente a Universidade do Estado de
Santa Catarina e coordenado pela Prof. Dra. Viviane Borges, do qual faço parte. A coordenadora, por sua vez, visitou o museu aqui estudado, e que resultou, em 2012 no capítulo intitulado: “’A nossa sociedade produziu esse tipo de instituição’: O museu da
Loucura e seu acervo”, contido no livro “História da saúde e da doença”, lançado no mesmo ano e que a partir dele, surgiu a proposta