Homosexualidade
A homossexualidade sempre existiu ao longo da História da humanidade, embora sendo tradicionalmente considerada um comportamento anómalo e sancionado pela sociedade. No entanto, nas últimas décadas, temos assistido a uma maior divulgação deste estilo de vida, bem como a uma tentativa de reconhecimento e integração plena na sociedade dos grupos gay. No final de Junho deste ano, o parlamento espanhol aprovou uma lei infame que legaliza os casamentos homossexuais e lhes confere o direito de adopção de crianças. A Espanha tornou-se assim o quarto país, a nível mundial, a permitir esta possibilidade, depois da Holanda (2001), Bélgica (2003) e Canadá (2004).
Introdução
Nos últimos 50 anos, no mundo ocidental, temos assistido a uma profunda mudança de mentalidade e atitude, por parte da opinião pública, relativamente a questões relacionadas com a homossexualidade e a sexualidade em geral. A influência crescente do pensamento humanista, relativismo e perda dos valores cristãos, a par de uma cobertura desinibida, e muitas vezes sensacionalista, dos meios de comunicação, têm levado a uma maior tolerância e aceitação deste tipo de comportamento, que passou a ser considerado por muitos simplesmente uma variante do normal. No nosso país, tal facto é notório nas recentes telenovelas e «reality-shows», bem como na influência crescente da esquerda radical na sociedade portuguesa. No entanto, contrariamente ao que seria de supor, a verdadeira prevalência da homossexualidade (masculina e feminina) na população não ultrapassa os 2 por cento, de acordo com a maior parte dos estudos científicos.
Perspectiva histórica
A homossexualidade não é, porém, um fenómeno novo. As obras de Sócrates e Platão revelam que, na Grécia Antiga, o amor entre dois homens era considerado superior ao amor entre um homem e uma mulher. Isto numa época em que a mulher era considerada um ser inferior, confinado à vida doméstica, não tendo