resumo
EDUCAÇÃO E IDENTIDADE NACIONAL COLETIVA
A autora enfoca neste capitulo o sentimento de identidade nacional que é mantido na sociedade pela propaganda política. Para a autora tanto a Argentina como o Brasil viveram nos anos 20 uma década agitada de conflitos marcados pelo antidemocratismo e pensamentos antiliberais. Fazendo surgir idéias nacionalistas. Na Argentina, a questão do nacionalismo manifestou-se no sentido de recuperar o sentimento e o orgulho do novo homem argentino, responsabilizando os imigrantes pela perturbação da identidade nacional. Enquanto no Brasil o nacionalismo tenta forjar o conceito de nação e raça brasileira, aguçando o preconceito racial e valorizando os imigrantes pelo branqueamento da sociedade. Na tentativa de construir uma identidade nacional o discurso nacionalista no Brasil passa a elevar a figura do Cacloco, sertanejo, caipira, jeca-tatu, como a representação de vigor da raça. As imagens do interior/sertão constituíram um dos pilares da construção da nova identidade nacional coletiva. A composição dessa identidade também exigiu uma releitura do passado: o bandeirante foi a grande figura recuperada como símbolo nacional.
A educação passou a ser vista como um importante instrumento para a formação desta identidade coletiva, os Livros didáticos de história, assim como o ensino de história privilegiavam a História do Brasil, enfatizando a necessidade de formação da consciência nacional. A propaganda política por meio da escola será uma das marcas do autoritarismo, durante o Estado Novo, inspirada em experiências similares que ganhavam força no mundo. O ensino de História se tornava referência no currículo para a formação da unidade e criação de uma identidade nacional coletiva, Gustavo Capanema defendia a idéia de que os livros de historia no ensino secundário trouxesse para a juventude o sentimento de pátria como central. A construção de um Estado Nacional forte e centralizado era vista como condição preliminar