Novas religioes e novas perspectivas
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O filósofo David Hume escreveu há mais de 200 anos um ensaio que pode ser lido em qualquer boa biblioteca: “Da Superstição e Entusiasmo”, no qual descreve como nas sociedades civilizadas a mente do Homem está sujeita a um número incontável de terrores e preocupações fabricadas, que surgem quando as verdadeiras preocupações com a subsistência cessam de existir. É o que está a acontecer na nossa sociedade.Os novos terrores são perfeitamente invisíveis e desconhecidos, como os gases de efeito de estufa, e o povo tenta dar a esses novos terrores alguns sacrifícios como o “Dia da Terra”, mortificações de diversa índole como o banir dos sacos de plástico, e cerimónias das mais diversas.O novo clero é composto pelos sumos-sacerdotes do Naturalismo, com Al Gore à cabeça, que para além da ortodoxia do Aquecimento Global, sintetiza no Naturalismo outras crenças como a do Projecto dos Grandes Macacos que nivela o ser humano pelos símios, a ameaça da superpopulação no planeta que incita ao aborto “para salvar a Terra”, à homossexualidade como uma forma de sexo ecológico, ao infanticídio e à eutanásia ― tudo em nome da nova religião cientificista: o Naturalismo. De facto, a nova religião é um novo Baal.Assim como a Inquisição da Idade das Trevas denunciava os transgressores, a nova religião Naturalista denuncia e persegue os incumpridores dos rituais sagrados, transformando a ciência em superstição, criando um novo clero que se auto-declara como sendo o expoente máximo da Razão. Criam-se novas Igrejas ― institutos, fundações, cátedras universitárias ― com massivas injecções de dinheiro que os povos pagam, e assim como aconteceu com o eugenismo do princípio do século 20, existe hoje também um consenso científico de que o ser humano caminha para a extinção.Em relação a esta nova religião, desde já me declaro