Homosexualidade
Introdução
Nos últimos 50 anos, no mundo ocidental, temos assistido a uma profunda mudança de mentalidade e atitude, por parte da opinião pública, relativamente a questões relacionadas com a homossexualidade e a sexualidade em geral. A influência crescente do pensamento humanista, relativismo e perda dos valores cristãos, a par de uma cobertura desinibida, e muitas vezes sensacionalista, dos meios de comunicação, têm levado a uma maior tolerância e aceitação deste tipo de comportamento, que passou a ser considerado por muitos simplesmente uma variante do normal. No nosso país, tal fato é notório nas recentes telenovelas e reality-shows. No entanto, contrariamente ao que seria de supor, a verdadeira prevalência da homossexualidade (masculina e feminina) na população não ultrapassa os 2 por cento, de acordo com a maior parte dos estudos científicos. Perspectiva histórica
A homossexualidade não é, porém, um fenómeno novo. As obras de Sócrates e Platão revelam que, na Grécia Antiga, o amor entre dois homens era considerado superior ao amor entre um homem e uma mulher. Isto numa época em que a mulher era considerada um ser inferior, confinado à vida doméstica.
No Império Romano, embora os comportamentos homossexuais fossem proibidos por lei desde o século III a. C., e os vínculos familiares fossem fortes, os delitos sexuais eram comuns entre as classes dominantes e vários imperadores romanos eram assumidamente homossexuais.
A cultura judaica, pelo contrário, sempre valorizou a importância da vida familiar e impunha pesadas penas a todos os que deliberadamente a perturbassem. Tanto o adultério como as práticas homossexuais eram motivo de condenação à morte.
Em 1973, a homossexualidade (masculina e feminina) foi retirada da lista de comportamentos anormais e patológicos do reputado Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais (DSM II), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria. Esta decisão não se baseou em dados científicos