História Econômica e das Organizações
A decadência do feudalismo na baixa idade média, sistema predominante até então na Europa Ocidental, se deve a diversos fatores: o aumento da população e o aprimoramento das técnicas agrícolas, que levaram a excedentes de produção que passam a ser trocados, dando origem às feiras e aos comerciantes burgueses; na mesma época, as Cruzadas possibilitaram o contato com novos produtos trazidos do oriente e desbloquearam as rotas comerciais entre o oriente e o ocidente; além disso, o século XIV foi marcado por uma grande redução da população europeia, devido principalmente às revoluções, à Peste Negra e à Guerra dos 100 anos. Surge então Renascimento Comercial e os reis voltam a ter grande poder, além de associarem-se aos burgueses, formando as primeiras nações.
O capitalismo se desenvolve pelo comércio; os burgueses buscam seus interesses e, por estarem aliados ao Rei, conseguem a diminuição dos impostos, a unificação da moeda e o aumento da confiança e segurança do ambiente, que se dá pelo enforcement (fazer valer as leis). Com isso, os custos de transação diminuem e então, segundo Douglas North, o mercado se equilibra; as instituições ficam mais eficientes, maximizam a riqueza e possibilitam maior desenvolvimento da sociedade.
Entretanto, cada nação tem suas crenças, costumes e tradições. Mesmo sendo instituições informais, essas têm grande influência no desenvolvimento dos países. Portugal, por exemplo, apresentou desde o inicio das grandes navegações uma mentalidade rent-seeking, procurando renda e não trabalho; privilégios que garantam renda, como o apoio do rei, e não investimentos que aumentam a produção. Assim, acabou entrando em decadência posteriormente.
Outro fator prejudicial ao crescimento de alguns países foi o poder centralizado e quase absoluto de seus reis - além dos casos em que o controle da sociedade passava muito tempo nas mãos de um mesmo grupo que tende a tomar as decisões em seu próprio benefício e não para a