História do Urbanismo

No século V, o Império Romano cai. Já não era mais possível manter a segurança em todas as suas partes. Entretanto, isso foi um processo lento ocasionado devido as consecutivas invasões bárbaras, e no meio dessa decadência brotava uma nova vida. A nova visão religiosa dava um valor positivo a todos esses infortúnios. Surgia a Roma Cristã, com uma nova capital – a Cidade Celestial. Todas as transformações deixaram sua marca durante os mil anos seguintes. Contudo antes mesmo que Roma caísse, a seita cristã começara a antecipar o pior e seus membros ameaçados de perseguição e extermínio tinham começado a estabelecer uma nova vida nas cavernas e catacumbas das colinas de Roma. Por isso foi nas muralhas romanas e câmaras subterrâneas que os cristãos construíram suas primeiras capelas. Surge uma novo tipo de Eclésia ou assembléia para a qual nem o templo clássico nem o fórum fornecia uma forma urbana apropriada. A maioria dos antigos edifícios romanos tornaram-se inúteis, com exceção das basílicas e templos por serem construídos para abrigarem muitas pessoas. Com isso a população fugia para as colinas, o que ajudou a causar o fim do urbanismo romano. Quando a vida urbana se deteriorava por causa da falta de mão-de-obra, os antigos prédios eram vasculhados à procura de peças estranhas de mobiliário e equipamento. Nesse período um esconderijo no campo valia mais que um palácio na cidade. As mudanças de hábitos, costumes e leis foram mais evidentes. Estas mudanças eram mais acentuadas pelas invasão dos matos e arbustos, pelo desmoronar de pedras, pelo amontoado de escombros, pela imundície dos pisos. O campo mostrava os mesmos defeitos ainda mais rapidamente que as cidades.
O papel monárquico teve influência formativa nessa nova forma urbana. Em verdade, a mais profunda retirada de Roma não foi a dos refugiados que procuravam salvar o corpo, foi acima de tudo uma retirada dos devotos que queriam salvar suas almas. Esses grupos se juntaram formando assim os mosteiros que