Historia Do Urbanismo

DA CIDADE ANTIGA À CIDADE CLÁSSICA

O período medieval corresponde na Europa a um grande crescimento urbano durante o qual se forma a maioria das aglomerações modernas, enquanto que no Renascimento as novas formações urbanas são menos numerosas. No mais, o urbanismo medieval e o Renascimento diferem profundamente em suas concepções. A idade média prende-se antes de tudo à solução de problemas concretos, sem espírito de sistema, com o sentido relativo, o que não exclui entretanto admiráveis êxitos estéticos. No renascimento, ao contrário, se o urbanismo não despreza questões de ordem prática, ele está sobe a influência da Itália, sobretudo à procura de um modelo de cidade ideal e se esforça em definir os cânones de uma estética urbana de valor universal.

I – Urbanismo Medieval
1. As cidades durante a Alta Idade Média – Desde o Baixo império assistimos a um eclipse da vida urbana, consequência da anarquia política e da crise econômica do século III às quais se acrescentam as primeiras invasões bárbaras. Por causa da insegurança, os habitantes se recolhem atrás de estreitas muralhas elevadas de forma precipitada, o que provoca uma brusca contração dos território urbano. É o caso particularmente aparente de Autun, cuja superfície passa de 200 a 10 hectares. As pessoas mais ricas deixam essas fortalezas estreitas para se instalarem em seus grandes domínio rurais. A aristocracia adota então um modo de vida rural que será o da Idade Média, enquanto que nas cidades, fechadas sobre si mesmas, a atividade econômica e social está em plena regressão.
No tempo das grandes invasões é a Igreja que salva a vida urbana. Cada didade romana é na verdade a sede de um episcopado. O bispo serve geralmente de defensor da cidade diante dos bárbaros, e sua presença contínua é o elemento decisivo que impede várias cidades de desaparecer ou definhar totalmente. Na época merovíngia a cidade subsiste sobretudo graças a sua função religiosa: residência do bispo e dos funcionários do clero