História da Educação Popular no Brasil - Vanilda Paiva
A história da educação brasileira anterior à segunda década do século XX não é uniforme, de comum apenas a precariedade dos sistemas de ensino elementar e a ausência de esforços políticos para sua expansão. Porém a autora especifica que existem três fases bem delimitadas a respeito da educação nesse período: uma que vai até 1808, uma intermediária (1808 a 1870) e uma iniciada por volta de 1870.
A história da educação brasileira teve início com os primeiros Jesuítas por volta de 1549, eles queriam difundir os padrões da civilização ocidental cristã entre os índios para que pudessem ter êxito no processo de colonização, assim faziam uso da religião e da educação. Por aqui espalharam as escolas de “ler e escrever” (alfabetização e catequese) onde os filhos dos caciques, detentores do poder tribal, tinham preferência para serem educados. Com o passar do tempo institui-se o ensino profissional e os seminários. Com relação aos adultos, porém, o ensino raramente se estendia a leitura e a escrita.
A partir da reforma de Pombal (1759) e a expulsão dos jesuítas houve uma regressão no sistema educativo da colônia, embora os jesuítas já estivessem mais voltados para elite do que para as camadas mais populares. E fato era que o problema educacional não despertava grandes interesses naquele contexto, o que dirá uma educação popular. Além da religião, poucos eram os motivos que atuavam em favor do ensino.
Além disso, houve uma política portuguesa de isolamento cultural da colônia, já que a propagação das ideias iluministas difundiu-se pela Europa estimulando revoltas e desejos em prol da emancipação, a fim de evitar que a escola pudesse ser o meio de propagação dessas ideias retardou-se o desenvolvimento do ensino em terras tupiniquins. Por outro lado, com esse