Hermeneutica Filosofica
Introdução 3
1. Hermenêutica 3
2. O sentido dos discursos, onde habita? 6
3. Hermenêutica e reflexividade 7
4. Hermenêutica e Ciência 10
5. Ciência e dogmática 17
Capítulo I - Hermenêutica como arqueologia do sentido 24
1. Arqueologia do sentido 24
2. Classicismo e dogmatismo 27
3. A hermenêutica jurídica 30
4. Hermenêutica e subjetividade moderna 33
5. A reforma protestante 35
6. Da hermenêutica dogmática à autonomia do sentido 39
Capítulo II - Hermenêutica e método 42
1. Modernidade e método 42
2. Hermenêutica e método 45
3. A teoria hermenêutica de Schleiermacher 49
4. Os limites do método 59
Capítulo III - Hermenêutica e ciência 68
1. Hermenêutica e historicidade 68
2. Da filosofia à ciência 71
3. Hermenêutica, dialética e método 74
Capítulo IV - Hermenêutica e reflexividade 81
1. A reflexividade transcendental 81
2. A historicização da reflexividade 84
Capítulo V - Hermenêutica e linguagem 90
1. O giro lingüístico 90
2. Historicidade e linguagem 96
3. O círculo hermenêutico 99
4. Hermenêutica e verdade 104
5. Hermenêutica e linguagem 108
Epílogo 112
1. O retorno da mitologia 112
2. A mitologia hermenêutica 116
Bibliografia 118
O mistério das coisas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as cousas e penso no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra.
Porque o único sentido oculto das cousas
É que elas não têm sentido oculto nenhum.
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser
E não haja o que compreender.
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: —
As cousas não têm significação: têm existência.
As cousas são o único sentido oculto das cousas.
Alberto Caeiro, O guardador de Rebanhos, XXXIX.
Introdução
1.