Governamentalidade
O autor faz uma viagem no tempo para relatar o começo da forma de governar, se baseando no livro de Maquiavel “O Príncipe”, onde o mesmo se referia que a principal meta do ato de governar era se manter no poder, não ligando para outras coisas a não ser em conservado seu principado.
Ao mesmo tempo o autor foca na literatura anti-Maquiavel em que ser hábil em conservar seu principado não é de forma alguma a arte de governar.
Afim de caracterizar a arte de governar Michel Foucalt recorreu a uma das primeiras obras anti-Maquiavel o Miroir politique contenant diverses maniéres de gouverner, de Guillaume de La Perriére, que para ele, governante pode ser chamado de monarca, imperador, rei, príncipe, magistrado, prelado, juiz e similares, como outros autores que tratavam a arte de governar como o ato de governar uma casa, almas, crianças, província, convento, uma família, ou seja, uma pluralidade de formas de governo e imanência das práticas de governo com relação ao Estado ou da sociedade, que se opõem á singularidade transcendente do príncipe de Maquiavel.
Procurando outras formas de governo Michel Focault usa a obra do escritor Francês La Mothe Le Vayer, para especificar basicamente três tipos de governo, que são: governo de si mesmo que diz respeito a moral, a arte de governar uma família que diz respeito à economia e a ciência de bem governar o Estado, que diz respeito à política.
As teorias da arte de governar procuram estabelecer uma continuidade, ascendente ou descendente, a primeira se refere que aquele que quer poder governar o estado deve primeiro saber se governar, sua família, seus bens e patrimônio, já a continuidade descendente diz que se o Estado é bem governado o restante das coisas serão igualmente bem governadas, repercutindo na conduta dos