Reflexão sobre o texto "Subjetivação e Governamentalidade"
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
ACADÊMICA: TATIANA HENRIQUE SANTOS
DATA: 06/11/2014
MÉLLO, R.; SILVA, A. Subjetivação e Governamentabilidade: Questões para a Psicologia. Fractal: Revista de Psicologia, v. 23 – n. 2, p. 367-388, Maio/Ago. 2011.
Reflexão sobre o texto “Subjetivação e Governamentabilidade”
O sujeito em Foucault surge sob o pano de fundo histórico-politico que o produz. Nessa produção há um processo de subjetivação que só é possível compreender pelas relações, numa ruptura com um conceito intimista de sujeito. A subjetividade enquanto colocada na superfície, “na pele”, ou seja, nas relações e desse modo tornando-se um processo de subjetivação.
Numa lógica intimista de sujeito têm-se a ideia de um sujeito naturalizado, delimitado e imutável que desconsidera as relações de governo e poder que o atravessam e acabam por fundar uma lógica de culpabilização dos sujeitos, descaracterizando a produção do sujeito histórico-político. ()
A necessidade de afirmar/caracterizar o “humano” é o que o funda, pois
Ao se falar do humano o compomos, ou seja, neste caso, não buscamos a verdade do humano, mas nos pautamos em uma espécie de questão-guia: a qual humano damos vida quando falamos deles/neles, quando pesquisamos eles/neles e vivemos eles/neles?
Para Foucault, o sujeito não se limita a uma forma condensada/uniforme, nessa condição ele é múltiplo e fragmentado. Ao afirmar esse sujeito enquanto múltiplo parece que também se está definindo um sujeito contrapondo a ideia de que há a morte desse sujeito. Porventura, esse entendimento de sujeito está mais no campo da compreensão dos seus modos de existir do que na própria conceituação do mesmo.
Um dos pressupostos assumidos de sujeito se baseia no trinômio bio-psico-social que não dá conta das multiplicidades e incoerências que atravessam o sujeito. Pode-se relacionar essa concepção como forma de conceber uma estruturação que possibilita a organização e exercício de um domínio, um meio de