resenha a história da loucura

RESENHA
MICHEL FOUCALT – A HISTÓRIA DA LOUCURA NA IDADE CLÁSSICA - EDITORA PERSPECTIVA S. A.
EXPERIÊNCIAS DA LOUCURA

O capítulo estudado da obra aborda uma análise na perspectiva do mestre foucalt sobre a forma de conceituação das patologias da mente, num olhar crítico quanto aos métodos utilizados pelos peritos da época, em especial quanto à generalização da doença e a omissão da sociedade e dos doutores da alma na criação de locais adequados para o tratamento das enfermidades.
Foucalt situa sua análise no período compreendido imediatamente após o surto da lepra na Europa, que devastou cidades, após a construção do Hospital Geral e da abertura das primeiras casas de correção, até o final do século XVIII, fazendo referências a diversas casas de internação, por toda a Europa e por parte da Arábia.
Para uma melhor compreensão da amplitude da análise de Foucalt pode-se inferir da leitura do texto que o objetivo principal do estudo não é determinar se algum paciente foi erroneamente colocado junto aos ditos loucos ou se foi deixado de colocar alguma pessoa junto àqueles. O único objetivo é analisar a evolução do estudo da razão e a classificação como uma patologia.
Dos estudos de Foucalt dos registros das casas de internação ele pode observar e demonstrar ao leitor a generalização que era tomada da patologia da sanidade. Ocorre que, diversas são as casas em que não havia uma real distinção entre os níveis de loucura. Na análise específica do Hôtel-Dieu verificou que lá eram tratados os que se acreditava que pudessem ser curados, permanecendo internados por poucas semanas, sendo então considerados incuráveis e remetidos ao Hospital Geral, onde seriam juntados com o resto dos incuráveis. O tratamento no Hôtel-Dieu era indiferente do dado aos presos e demais doentes.
No Hospital Geral, nas prisões, nas workhouses, etc. podia-se verificar um tratamento indistinto entre os “lunáticos” e os internos. Todos são tratados da mesma forma, sendo que a presença de médico