Resumo - Filosofia do Direito
7115 palavras
29 páginas
Cultura da violência urbana: Teoria do reconhecimento e expansão criativa dos direitos versus práticas biopolíticas dos dispositivos de segurança. O texto em questão visa analisar os mecanismos de exclusão e de segregação territorial urbano que são responsáveis pela violência urbana. Investigará também o que faz com que os indivíduos cumpram ou deixem de cumprir normas sociais ou jurídicas, além de buscar compreender se as políticas públicas de repressão ao crime estão erradas. 1 - Formulação do problema: o paradoxo das práticas biopolíticas. A partir das ideias de Cliffort Geertz, livro a Interpretação das Culturas, é que as propostas deste texto se principiaram. Observar os mecanismos de exclusão e de segregação territorial urbanos, a violência urbana, as tecnologias de subjetivação capazes de guetizar populações, submeter grupos marcados aos dispositivos de segurança implica dizer que esses processos gravitam, de uma forma ou de outra, nas capacidades de produção e consumo da população desvendando-se mais uma vez as redes biopolíticas da organização social contemporânea.
O texto pretende refletir sobre os mecanismos recônditos das políticas públicas de ocupação territorial urbanas, os mecanismos de segurança, a delimitação ou imposição da soberania estatal, isto é, uso de dispositivos que garantem segurança aos detentores de bens materiais e deflagram violência por meio de armamento de guerra, mássico aparelhamento prisional e mantém altos índices de morticínio, maiores até mesmo que em caso de guerra inter-estatal declarada ou guerras civis reconhecidas.
O encarceramento é alto no mundo ocidental. Mas em países de drástico desnível econômico as proporções se revelam muito mais perniciosas. Há uma ampliação quanto à raça, gênero e classe social.
A questão levantada neste texto gera a reflexão sobre o porquê tanto pela violência infra-social como pela ação estatal se matam e se encarceram em tão altas proporções para garantir segurança