Giroux
Marlene Barbosa de Freitas Reis*
Resumo: Este artigo analisa a educação inclusiva no contexto da multiculturalidade. Tece algumas considerações sobre o discurso neoliberal e suas consequências desastrosas para os países menos desenvolvidos: o aumento exacerbado da exclusão social. Coloca em destaque o desafio da Universidade pública na formação do indivíduo enquanto cidadão, respeitando suas diferenças e singularidades. Palavras-chave: educação inclusiva, universidade, multiculturalidade INTRODUÇÃO
Este trabalho é fruto da investigação voltada para a política educacional dos cursos de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás (UEG). O mesmo foi idealizado como instrumento de reflexão sobre a missão da Universidade pública brasileira que, historicamente, vem sendo destituída de seu caráter público, traduzindo-se em seletividade e excludência das minorias desfavorecidas deste nível de ensino.
O objetivo central do mesmo foi o de, partindo do estudo e do delineamento da atual política educacional dos cursos de Pedagogia, propor um conjunto de recomendações voltadas, principalmente para a reflexão da mesma, no sentido de viabilizar a elaboração coletiva, implementação e seguimento de uma política de inclusão que venha atender a diversidade no ensino superior.
É inegável que as mudanças expressas na economia mundial neste final de século têm requerido novas formas de reestruturação do capitalismo, o que tem sido demarcada pela internacionalização da economia. Isso tem trazido conseqüências prejudiciais aos países menos desenvolvidos, principalmente na América Latina e Caribe, onde a situação de dependência econômica e cultural é latente. Um dos efeitos da crise que assola esses países menos favorecidos, é o aumento substancial da exclusão social. Foi justamente refletindo sobre as considerações anteriores, que o problema científico definido centrou-se no seguinte questionamento: