O currículo como política cultural - henry giroux
( Henry Giroux )
Os dados abaixo são baseados nos livros:
Ideology, culture and the process of schooling (1981) e Theory and resistance in education (1983).
Na sua fase inicial, a crítica de Giroux esteve centrada, nesse momento, numa reação às perspectivas empíricas e técnicas sobre currículo então dominantes.
Giroux ataca a racionalidade técnica e utilitária, bem como o positivismo das perspectivas dominantes sobre currículo, pois se concentram em critérios de eficiência e racionalidade burocrática, deixando de levar em consideração o caráter histórico, ético e político das ações humanas e sociais e, particularmente, no caso do currículo, do conhecimento, contribuindo para a reprodução das desigualdades e injustiças sociais.
Giroux se inclinava, nesse momento, para uma posição que era claramente tributária do marxismo, mas queria evitar uma identificação com a rigidez economicista de certos enfoques marxistas.
A produção teórica da Escola de Frankfurt com ênfase na dinâmica cultural e na crítica da razão iluminista e da racionalidade técnica, ajustava-se perfeitamente a esse objetivo.
No momento em que Giroux começa a escrever, já estavam em circulação teorizações críticas como podemos citar autores como Althusser, Bourdieu, Bowles e Gintis, não satisfeito com a rigidez estrutural e as conseqüências pessimistas, seu trabalho iria se concentrar, em boa parte, no desenvolvimento de uma cuidadosa crítica dessas perspectivas, bem como no esboço de alternativas para superá-las.
Bowles e Gentis tinham caráter mecanicista e determinista, enquanto as críticas de Bourdieu e Passeron faziam do processo de reprodução cultural e social, dando peso excessivo à dominação e à cultura dominante. Giroux se inspirava mais na fenomenologia e nos modelos interpretativos de teorização social do que nos diversos estruturalismos.
Na Inglaterra, a “nova sociologia da educação” estava preocupada em desenvolver análises que levassem em conta as