Gestão Educacional e Gestão Escolar
Simone Tatiana Pedron A análise da gestão escolar educacional brasileira se faz mediante a compreensão do contexto em que foi produzida. Na década de 1980 os movimentos sociais organizados defenderam o papel da escola que para além da formação técnica, em busca de uma prática política e democrática. Conforme Marcos Pereira Coelho e Maria Eunice França Volsi (2010), a participação da comunidade torna-se um elemento educativo, favorável à criação de instrumentos participativos como as eleições diretas para os dirigentes escolares, a criação de comissões autônomas diversificadamente composta para atuarem junto às políticas educativas.
A gestão democrática enquanto princípio norteador da administração escolar tornou-se uma conquista na luta em prol da educação pública, firmado na Constituição Federal de 1988, porém como destaca (COELHO & VOLSI, 2010), a definição da gestão de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96, num período de redefinição do papel do Estado, das economias nacionais e das políticas públicas.
Neste sentido, o contexto histórico mostra que as políticas educacionais estiveram atreladas aos interesses do neoliberalismo de países centrais da economia capitalista que, através de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial ditavam a organização do Estado e da economia dos países tidos como atrasados, submetendo o sistema educacional aos interesses mercadológicos.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a gestão descentralizada da educação passa a fazer parte de planos e projetos do governo, seja a nível federal, estaduais e municipais. A LDB 9.394/96 reafirma a descentralização e participação da sociedade civil, “nos processos de formulação, decisão, implementação e controle das políticas de educação como, de resto, aconteceu com as demais políticas sociais” (AZEVEDO, 2009, p. 217).
A política desenvolvida no âmbito da gestão educacional evidencia os