Fusão e aquisição causando o desemprego
O surgimento do capitalismo financeiro marcou um amplo crescimento da economia com grandes inovações tecnológicas e grande investimento na descoberta de novas tecnologias. Mas, esses investimentos só poderiam ser realizados por grandes empresas, então para os menores poderem sobreviver no mercado foi necessário recorrer à concentração empresarial. Esse processo de concentração aconteceu na época da segunda revolução industrial e foi primeiramente entre empresas que atuavam na mesma linha de mercado, mas em estágios de produção diferentes, passando depois para um processo mais complexo com a combinação de empresas de diferentes ramos visando à diversificação de investimentos. Neste mercado capitalista Fusões e Aquisições entre companhias têm sido comuns em diversos setores da economia ao redor do mundo. O processo de globalização também incentivou o desenvolvimento das operações de fusões e aquisições de empresas no cenário mundial. Fatores como a necessidade de ganhos em escalas de produção; atuação em outras regiões geográficas; surgimento de novos produtos; e busca de sinergias financeiras e tecnológicas levaram grandes conglomerados empresariais a atuar em outros países que não os de sua origem. No cenário da globalização econômica, onde o lucro é procurado com uma avidez sem precedentes, contando com a celeridade da moeda eletrônica, as aquisições e fusões se sucedem em velocidade vertiginosa, causando transformações nos mercados em que repercutem. Com efeito, hoje em dia em questão de poucas horas uma empresa pode ser comprada e revendida e os efeitos destas operações só alcançam o mercado posteriormente quando a situação jurídica já se encontra alterada. Nesta pesquisa vamos entender como são realizadas essas operações, quais são os interesses das empresas e as consequências para elas, para os funcionários e para o consumidor.
Sérgio Antonio D. Guarita é administrador, especialista em Finanças pela FGV/SP e professor da FAE Business