Formação do Estado Brasileiro segundo Faoro, Oliveira Viana e Buarque de Holanda
o caos brasileiro está no caráter tão específico de sua formação histórica, em
face do caráter colonial, pois houve uma importação da estrutura administrativa
do Estado português. Sendo tal estrutura patrimonial.
Isso fez com que transformássemos esse modelo institucional em padrão, e o
levássemos cravado em nossa história permeando o Império e a República,
tornando-se a característica mais marcante de nosso subdesenvolvimento, e
de nosso desenvolvimento.
Em sua pesquisa o autor afirma que a organização do Estado lusitano estava
calcada no fato dos bens públicos não se dissociarem do patrimônio da esfera
de bens íntimos do governante. Além de mostrar que tanto em Portugal, como
no Brasil, houve uma organização social compatível ao feudalismo, na qual
uma elite administrativa constituía o “estamento burocrático”. Tal estamento
vem a ser uma ordem social vigente em que desde a concessão de cargos até
a condução da política econômica, tudo ficava sob a incumbência dessa elite
administrativa.
Uma elite figura também nos pensamentos de Oliveira Vianna, responsável por
apresentar uma ideia de que uma elite esclarecida deveria ser o agente social
responsável por ocupar cargos do comando do Estado, e promover as
mudanças sociais a partir dele. Desta forma, Vianna, em “Instituições Políticas
Brasileiras” mostra que já dois tipos básicos de mudanças sociais: as
endógenas (espontâneas e orgânicas) e as exógenas (provocadas por conflitos
culturais e políticos do Estado), sendo essa última a mais perigosa para a
manutenção do Estado e da sociedade.
Esse pensamento a respeito da elite brasileira também permeia a obra de
Sérgio Buarque de Hollanda. Tal autor definia o típico membro da elite
detentora do poder político no país como “um homem cordial”. Em seu livro
“Raízes do Brasil” afirma que, para