Pensamento Politico Brasileiro
“ação das massas”1
WEFFORT, F. C. Formação do pensamento político brasileiro: ideias e personagens.
São Paulo: Ática, 2006. 360p.
FAORO, R. A república inacabada. Organização e prefácio de Fábio Konder Comparato.
São Paulo: Globo, 2007. 291p.
Diogo da Silva Roiz
Doutorando em História (UFPR)
Professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Amambai, Brasil diogosr@uems.br A
história do pensamento político e social brasileiro, embora tenha voltado a ser muito pesquisada, continua sendo um tema em permanente construção e reconstrução. Basta que constatemos seu desenvolvimento ao longo do tempo: a) de 1838 a 1930, com a definição do objeto no século XIX, em função da organização do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), em 1838, e de seus congêneres estaduais, o que permitiu a organização e catalogação de fontes e o empreendimento de estudos (alguns de caráter esparso) que primavam pela análise das “três raças”: o branco, o índio e o negro (embora os dois últimos permanecessem marginais); b) de 1930 a 1964, com a retomada dos estudos sobre o “povo brasileiro”, de modo a “redescobrir o Brasil e a sua história”, com o ingresso das “massas” no interior de parte destas análises; c) de 1964 a 1985, quando houve, com o Regime Militar, um recuo dos estudos monográficos sobre a história do pensamento político e social brasileiro, que passaram a ser produzidos com o surgimento das primeiras universidades no país, a partir da década de 1920, e uma volta do “estilo ensaístico”, tendo-se como base os trabalhos elaborados entre os anos 1930 e 1950; d) de 1986 a 1999, período marcado por um momento de (re)interpretação dos estudos “clássicos” sobre a história do pensamento político e social brasileiro, em função do desenvolvimento dos cursos de pós-graduação em Ciências Sociais e em História, retomando a análise de autores, obras e