universitário
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BACABAL
CAMPUS III – BACABAL-MA
MÁRLISSON DE SOUZA VIEIRA
HISTÓRIA DO MARANHÃO
Professora:
Cíntia Moreira
Bacabal-MA
2013
MÁRLISSON DE SOUZA VIEIRA
O Sol e a Sombra
Política e Administração na América portuguesa do século XVIII
LAURA DE MELLO E SOUZA
1. Política e administração colonial: problemas e perspectivas
TRADIÇÕES ANALÍTICAS BRASILEIRAS
Durante muito tempo, o estudo da administração portuguesa no Brasil dos tempos coloniais foi relegado a um segundo plano pouco honroso. Alguns trabalhos já antigos, como os de Rodolfo Garcia, Vicente Tapajós e Augusto Tavares de Lira dedicaram-se exclusivamente ao assunto, sem, contudo contribuir de forma mais incisiva para uma reflexão consistente sobre o problema. (pág. 27)
A reflexão acerca dos sentidos e significados dos estudos sobre administração remete a problemas muito interessantes, que trazem à tona a dificuldade de separar uma produção historiográfica do tempo no qual ocorreu. Isso pode parecer chavão ou lugar comum na era pós-Annales em que vivemos, ainda tributária de muitos dos corolários fixados por Bloch e Febvre no primeiro quartel do século passado, entre eles o de que “a história é filha de seu tempo”. (pág. 28)
Tome-se como primeiro exemplo, o sentido da ausência. Por que, durante tanto tempo, a administração não suscitou trabalhos interessantes, ao contrário do que aconteceu em outros países? Por que motivo alguns dos principais marcos no assunto são fruto da investigação de historiadores estrangeiros, todos pertencentes à tradição anglo-saxônica. (pág. 28/29)
Talvez haja uma só resposta para essas indagações preliminares: a necessidade de uma jovem nação – a Independência é de 1822 mas a República, que rompeu de vez as ligações com a dinastia portuguesa, é de 1899 – em se afirmar ante a metrópole de ontem, opressora, incompetente e