Tatame nada carioca
Mundial de judô chega ao Rio pela terceira vez, mas clubes ainda investem pouco no esporte
Em setembro desse ano, o ginásio do Maracanãzinho vai receber o Mundial de Judô. Essa vai ser a terceira vez que o torneio acontece no Brasil. O evento deve receber 1500 atletas de elite e somará pontos para o ranking classificatório dos Jogos de 2016 no Rio de Janeiro.
Além disso, o torneio também marca o fim do período de testes das novas regras do esporte. Desde janeiro de 2013, a Federação Internacional de Judô (FIJ) impôs algumas mudanças ao judô, começando pelo principal golpe. A identificação do ippon (quando o atleta derruba o adversário de costas no tatame) será mais rigorosa, sendo feita no caso do atleta correr o risco de ser nocauteado caso o impacto não fosse no tatame. Cair em posição de ponte (com os pés e braços no chão mas o tronco erguido) também será considerado ippon pelos árbitros.
Falando neles, a partir desse ano o número de juízes será reduzido de três para um. Outro árbitro irá ficar analisando vídeos da luta. Em caso de decisão contestável do juiz principal, este será avisado pelo rádio.
O golden score também mudou de formato. A partir de fevereiro, a prorrogação não tem mais limite de cinco minutos. No modelo em testes, os dois judocas continuam lutando até que se chegue a um vencedor: aquele que pontuar primeiro, incluindo punições contrárias.
Punições essas que também foram alteradas. Se antes duas advertências propiciavam um yuko, a pontuação mínima, agora o atleta só é prejudicado em caso de quatro punições. Neste caso, o judoca é eliminado da luta, exatamente como antes. Porém, caso a luta termine em igualdade de pontos, as punições entram como desempate.
Por fim, foi estipulado a cada país um limite de nove atletas por gênero, nos Mundiais. Cada nação continua podendo levar até dois competidores para lutar em cada categoria de peso.
Todas essas mudanças seguem em experimentação até o Mundial do Rio. Após esse