a formação do estado brasileiro
No livro Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda citava característica do brasileiro como um “homem cordial”. Ele utilizou dos conceitos de patrimonialismo para caracterizar este “homem cordial”, que não distinguia o interesse privado do interesse coletivo na vida pública, com o intuito de definir o caráter do homem brasileiro. Para ele o homem publico é criado sob a cultura patriarcal e carrega estes traços para sua visão do mundo. No livro Sérgio Buarque utilizou o conceito de patrimonialismo e de burocracia para explicar a concepção do “homem cordial”, o qual se caracterizava pelo fundamento remoto de seu ambiente familiar. As nossa características de tratar as pessoas de forma intima, como se fossem do ambiente familiar, transcede a esfera privada projetando-se na publica, faz com que o brasileiro trate a política e os assuntos do Estado de modo pessoal e não formalístico. Raymundo Faoro elabora uma teoria patrimonialista, em sua obra “Os Donos do Poder”. Raymundo alega que as mazelas brasileiras está na formação histórico nacional, por causa do passado colonial, a estrutura administrativa de poder patrimonial do Estado português foi importada para a colônia. O modelo institucional foi transformado em padrão, a partir dele, estruturaram-se a Independência, o Império e a República do Brasil. O patrimonialismo era a característica mais marcante do desenvolvimento ou do subdesenvolvimento do Estado brasileiro. Faoro ao analisar as raízes da Organização do Estado lusitano descobre que estava calcada no fato de que o bem público, as terras e o tesouro da Corte Real não se dissociava do patrimônio que constituía a esfera de bens íntima do governante. Era um conjunto de possessões sob a égide de disponibilidade fática e jurídica de deliberação do príncipe. Em Portugal e no Brasil, desenvolveu-se uma organização social compatível com o feudalismo e as formações