Fontes das relações jurídicas familiares

1755 palavras 8 páginas
INTRODUÇÃO

Foi solicitado pela Professora de Direito da Família que elaborássemos um trabalho sobre um dos temas que faz parte do 1º semestre da cadeira de Direito da Família.

O tema por mim escolhido foi “Fontes da relações jurídicas familiares (noção) - Parentesco e Afinidade”.

No entanto, dado que nos termos do Artº 1576º CC as relações jurídicas familiares não se reduzem ao parentesco e à afinidade, entendi abordar a noção de casamento e de adopção. Acresce o facto de que, sendo a afinidade uma relação familiar derivada do casamento, seria quase impossível não o mencionar.

Por último abordarei igualmente a união de facto, que não sendo uma relação familiar, é conexa com ela, dado que está equiparada a relações de família para determinados efeitos, ou é condição de que dependem, em certos casos, os efeitos que a lei atribui à relação conjugal ou às relações de parentesco, afinidade e adopção.

A FAMÍLIA – FONTES DAS RELAÇÕES JURÍDICAS FAMILIARES

O direito de constituir família e de contrair casamento é desde logo um princípio constitucional consagrado no artigo 36º, nº 1 da Constituição da República Portuguesa.

Este princípio foi objecto de várias interpretações:
- segundo o Professor Castro Mendes, ““a conjunção que une (aparentemente) dois direitos conferidos é um pouco estranha”, pois em face da noção de casamento do artº 1577ºº CC, “contrair casamento é constituir família”;
- segundo os Professores Francisco Pereira Coelho e Guilherme de Oliveira, a formulação do art. 36º, nº1 CRP foi intencional. O legislador quis distinguir a “família” do “casamento”, como realidade diversas, pois ao lado da família conjugal fundada no casamento, há ainda lugar à família natural, resultante de factores biológicos.
- interpretação diversa é a admitida por J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, segundo os quais “o direito de constituir família” ao lado do de “contrair casamento”, visa fundamentalmente a união de facto. O já referido artº 36º CRP,

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