Filosofia da libertação
O objetivo desse trabalho é versar sobre algumas questões para uma possível reflexão de natureza conceitual dos valores civilizatórios da África Negra e dos afro-descendentes. Assim, tentaremos fazer algumas considerações a respeito dos erros teóricos com que é tratado esse tema no âmbito da sala de aula. Ao falarmos do escravismo no Brasil colonial na sala de aula, geralmente os alunos afro-descendentes se sentem desconfortáveis diante das abordagens que acabam gerando uma espécie de mal-estar. Mesmo após o advento da Lei 10.639, que torna obrigatória a discussão desses temas em sala de aula o que vê na experiência concreta é, todavia, algo indigesto; e as razões são evidentes e óbvias, o conteúdo é sempre tratado de forma equivocada, com proposições eivadas de preconceito que servem, em última instancia, para inferiorizar os alunos negros. A rigor, às aulas de História têm sempre um forte discurso que penaliza o povo negro pelo escravismo criminoso, aonde as "vítimas" viraram culpadas. No Brasil, o escravizado foi tratado como um agente inferior, sem história, sem cultura, sem religião, em outras palavras, desprovidos de "civilização". O escravizado não foi tratado como um ser pensante, sujeito da ação social, portador de conhecimento. Na sala de aula e na sociedade, à maneira com que o escravismo é tratado, banaliza o crime contra a humanidade impetrado pelo sistema. No Brasil, o escravizado foi tratado como um agente inferior, sem história, sem cultura, sem religião, em outras palavras, desprovidos de "civilização". O escravizado não foi tratado como um ser pensante, sujeito da ação social, portador de conhecimento. Na sala de aula e na sociedade, à maneira com que o escravismo é tratado, banaliza o crime contra a humanidade impetrado