Filosofia da libertação

3612 palavras 15 páginas
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. Nelson Mandela

O objetivo desse trabalho é versar sobre algumas questões para uma possível reflexão de natureza conceitual dos valores civilizatórios da África Negra e dos afro-descendentes. Assim, tentaremos fazer algumas considerações a respeito dos erros teóricos com que é tratado esse tema no âmbito da sala de aula. Ao falarmos do escravismo no Brasil colonial na sala de aula, geralmente os alunos afro-descendentes se sentem desconfortáveis diante das abordagens que acabam gerando uma espécie de mal-estar. Mesmo após o advento da Lei 10.639, que torna obrigatória a discussão desses temas em sala de aula o que vê na experiência concreta é, todavia, algo indigesto; e as razões são evidentes e óbvias, o conteúdo é sempre tratado de forma equivocada, com proposições eivadas de preconceito que servem, em última instancia, para inferiorizar os alunos negros. A rigor, às aulas de História têm sempre um forte discurso que penaliza o povo negro pelo escravismo criminoso, aonde as "vítimas" viraram culpadas. No Brasil, o escravizado foi tratado como um agente inferior, sem história, sem cultura, sem religião, em outras palavras, desprovidos de "civilização". O escravizado não foi tratado como um ser pensante, sujeito da ação social, portador de conhecimento. Na sala de aula e na sociedade, à maneira com que o escravismo é tratado, banaliza o crime contra a humanidade impetrado pelo sistema. No Brasil, o escravizado foi tratado como um agente inferior, sem história, sem cultura, sem religião, em outras palavras, desprovidos de "civilização". O escravizado não foi tratado como um ser pensante, sujeito da ação social, portador de conhecimento. Na sala de aula e na sociedade, à maneira com que o escravismo é tratado, banaliza o crime contra a humanidade impetrado

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