Para uma filosofia jurídica da libertação
Capítulo 1
PARADIGMAS DA FILOSOFIA
1 Perspectivas Filosóficas
Ter uma perspectiva filosófica é assumir uma posição filosófica. Assim, desde o começo da Filosofia, na antiga Grécia, até a atualidade, desenvolveu quatro perspectivas de compreensão da realidade. São elas: a Cosmologia, Teocêntrica, Antropocêntrica e Biocêntrica.
Para entendermos cada uma das perspectivas citadas, objeto de estudo de LUDWIG, deve-se entender a determinação central, o que permite distingui-las conceitualmente. Para tanto a perspectiva Cosmológica tem como reflexão fundamental o Cosmos, a natureza das coisas e o que faz as coisas serem como são. Já a Teocêntrica, tem como fundamento a disputa de lugar e do valor entre a razão e a fé, e assim a filosofia é encarada como serva da teologia com a idéia de um Deus Criador que estende suas forças ordenadas à realidade total. Esses são preceitos da Filosofia antiga que tem como principais representantes Platão e Sócrates. A Filosofia moderna com Descartes apresenta a perspectiva Antropológica onde o homem como centro de tudo desenvolve a subjetividade da consciência, não mais pensando na ser natural, no horizonte e na divindade, mas pensar na mudança, na modernidade de homem e suas condutas, coma importância da história e da sociedade. Já a Biocêntrica expande a compreensão cientifica para todos os sistemas vivos, sejam eles organismos, sistemas sociais ou ecossistemas como um todo integrado, que pelo pensamento sistêmico procura explicar as coisas e a vida desde o meio ambiente.
2 Paradigmas filosóficos
Um paradigma, muitas vezes conceituado como modelo pela administração, para a filosofia tem uma conceituação mais complexa. Kuhn, por exemplo, não se preocupa em conceituar objetivamente o paradigma, porém utiliza-o para explicar a transformação do conhecimento que não cresce de forma continua e