Filosofia da libertação
Ao longo dos séculos foram criadas várias teorias visando conceituar a justiça, não havendo consenso até nossos dias sobre o seu conceito e efetividade. Através da Filosofia da Libertação é possível, não responder definitivamente a questão, mas divisar um horizonte para a sua concretização.
A Filosofia da Libertação é um movimento filosófico surgido na América Latina, entre os anos 1960 e 1970 (há controvérsias sobre a data), como correlato filosófico da Teologia da Libertação ou da Pedagogia do Oprimido.
O autor mais destacado desta corrente filosófica é indubitavelmente Enrique Dussel, filósofo argentino naturalizado mexicano e autor de uma vasta obra que partiu, nos anos 1970, de uma transição da teologia para a filosofia da libertação, chegando atualmente a sua obra mais madura no campo da Ética e da Filosofia Política.
Filosofia da Libertação
A filosofia da libertação assenta num dos princípios da “filosofia das luzes”, o princípio da liberdade, que busca a libertação do Homem de tudo aquilo que o oprime e reprime. Desde as revoluções desencadeadas após o iluminismo, que foi possível ver como o princípio da liberdade garantiu maior autonomia individual, salientando aspectos como a liberdade de pensamento, de religião, liberdade científica (a busca do conhecimento), a liberdade política, económica, (fruição e dispêndio do bens), artística ( a expressão artística individual na música, na arte, na literatura), social, jurídica (a prossecução da justiça nos tribunais sem a interferência de outras esferas de poder), etc. O iluminismo tinha o seu projeto ideológico orientado contra os regimes sociopolíticos que herdaram as formas de estruturação social do absolutismo, através de regimes monárquicos absolutistas que estavam associados à ideia do poder divino dos soberanos.
A difusão do iluminismo, por seu lado assente nas ideias do humanismo renascentista, seria feita através das obras de