Filosofia africana e filosofia da libertação
Adilbênia Machado adilmachado@yahoo.com.br Resumo
Essa comunicação tem o objetivo de fazer uma breve introdução à Filosofia Africana e a Filosofia da Libertação, tendo em vista que elas promovem o diálogo com a possibilidade de uma cultura universalmente válida, partindo de um filosofar criticamente autêntico que busca a emancipação do sujeito, promovendo a libertação dos oprimidos, pobres e marginalizados, propondo a concretização real, através de um sistema educacional do pensar-fazer praticado diariamente, do comprometimento e da reflexão, promovendo a consciência para o discernimento da marginalidade e construção da criticidade. Sabendo-se que historicamente a filosofia serviu como mediadora de processos de dominação, ela também pode ser reelaborada numa perspectiva libertadora, buscando a realização de um novo homem, enraizado em sua cultura, afirmando sua humanidade consistente que se realiza como diversidade, contribuindo criticamente na superação da dependência e da alienação. Historicamente as culturas latino-americanas e africanas são vistas como exóticas, em conseqüência da diversidade cultural, ou associada ao folclore, música e arte, aparecendo raramente associadas a pensadores na história da filosofia ocidental. A lei nº 10.639 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para a inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, configurando-se como um instrumento para questionar a ordem vigente, colocando em xeque as construções ideológicas de dominação, as quais são fundadoras da sociedade brasileira. É imprescindível apontar nosso olhar para a África, em virtude de sua inquestionável importância como palco das ações humanas e pelas profundas relações entre a história da África e a história do Brasil.
Palavras – Chave: Filosofia Africana; Filosofia da Libertação; Diversidade; Criticidade; Emancipação.