Farmacogenômica
A farmacogenômica é uma área da farmacologia que estuda a influencia da variação genética em resposta aos fármacos, ou seja, é o ramo que estuda a variação da resposta de um medicamento através da interferência representada pelas diferenças de genótipos do indivíduo.
A farmacogenômica envolve a aplicação de tecnologias como o sequenciamento de DNA, análise da expressão gênica e estatística em pesquisas e testes clínicos de drogas. Ao analisar a resposta de uma população homogênea a uma determinada droga, com uma mesma dosagem, entre indivíduos do mesmo sexo, idade e peso, com mesmos hábitos diários e condições físicas semelhantes, é possível perceber que o efeito produzido apresenta diferenças significativas.
A partir da noção da existência desse diferenciamento, entende-se que com as diferenças de cada indivíduo em termos genéticos, a atuação de um fármaco e seus resultados, além da influência de doenças e de fatores ambientais, de acordo com as particularidades genéticas. A resposta de um fármaco então, apresenta variabilidade de efeito terapêutico e de toxicidade para pacientes diferentes, onde uma mesma dose padronizada de medicamento pode conduzir a uma resposta efetiva, resposta pouco eficiente, não produzir efeitos significativos ou, o que é pior, conduzir a reações adversas ao medicamento.
A importância desse estudo é enorme apesar da simplicidade de seu conceito, uma vez que ao estudar a interferência da genética na atuação do fármaco, a farmacogenômica tende a particularizar o tratamento evitando a generalização dos casos e a aprimorar a terapia medicamentosa em busca de eficácia, de redução de danos e ainda, de otimizar a questão econômica do processo terapêutico. A redução dos gastos ocorreria ao evitar as perdas monetárias com situações que poderiam ser controladas pelos estudos da farmacogenomica. Dados apontam que há um custo anual estimado em US$ 3 milhões, decorrente do longo período de internações associadas à toxicidade dos