Farmacogenética e Farmacogenômica
Prof. M.e Ronaldo de Jesus Costa nin_ron@hotmail.com Ao analisar a resposta de uma população homogênea a uma determinada droga, com uma mesma dosagem, entre indivíduos do mesmo sexo, idade e peso, com mesmos hábitos diários e condições físicas semelhantes, é possível perceber que o efeito produzido apresenta diferenças significativas.
A resposta farmacológica a um tratamento medicamentoso não é a mesma em todos os pacientes. Na verdade, essa resposta apresenta variabilidade de efeito terapêutico e de toxicidade para pacientes diferentes, onde uma mesma dose padronizada de medicamento pode conduzir a uma resposta efetiva, resposta pouco eficiente, não produzir efeitos significativos ou, o que é pior, conduzir a reações adversas ao medicamento.
Como muito bem destacado por Shastry (2006), as variações na resposta ao tratamento podem ser decorrentes de vários fatores tais como:
- doenças;
- diferenças na farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos;
- fatores ambientais e
- fatores genéticos. Partindo desse princípio, a variabilidade de resposta às drogas entre pacientes, excluindo-se as variáveis físicas e ambientais, pode ser atribuída, em partes, à composição genética única que cada indivíduo apresenta. Assim, chamamos de farmacogenética o ramo da Farmacologia Clínica que estuda as variabilidades de resposta às drogas em função das variações genéticas na população.
Desta forma, conforme Donato, 2008, a farmacogenética dedica-se ao estudo da base genética sobre a resposta não usual do organismo à ação dos medicamentos, ou seja, como a variabilidade genética contribui para a variabilidade da resposta aos medicamentos. Apesar do conceito simples, a importância desse estudo é impressionante, assim como todo estudo que visa reduzir os riscos e aumentar a eficiência nos medicamentos, uma vez que os danos causados pelos efeitos adversos ou subterapêuticos dos fármacos são catastróficos.
Para se ter uma