Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade envolvendo farmacogenômica

Influência genética no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

Resumo
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) apresenta uma série de prejuízos associados, afetando diferentes domínios funcionais. Estudos mostram uma recorrência significativa a genes de pequeno efeito, principalmente os genes que codificam componentes do sistema dopaminérgico, noradrenérgico e serotonérgico. Há evidências à associação de alguns polimorfismos à resposta ao tratamento, como metilfenidato, no gene transportador de dopamina (DAT1), C-1021T no gene DBH, que converte a dopamina em noradrenalina, no cromossomo 6q14. 3-q16. 3 a troca G>C na posição 861 do gene receptor de serotonina subtipo 1B (HTR1B), G1278A no éxon 9 do gene transmissor de norepinefrina (NET ou SLC6A2), na sequência de nucleotídeos do gene receptor de dopamina D4 (DRD4) e o gene receptor de dopamina D5 (DRD5).

Palavrsa-chave: TDAH; farmacogenômica; metilfenidato; genes candidatos.

1. Introdução

1.1. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
O TDAH é um transtorno neurobiológico, que normalmente aparece na infância e pode durar a vida toda. Este transtorno é caracterizado pelos seguintes sintomas: desatenção, inquietude e impulsividade.
Estudos mostram que portadores de TDAH apresentam alterações na região do córtex pré-frontal, que é responsável pelo autocontrole, organização e planejamento, modificando suas conexões com o restante do cérebro. O que altera essas regiões é o funcionamento de um sistema de substâncias conhecidas como neurotransmissores, que transformam informações de natureza elétrica em químicas, propagando a sinapse nervosa ao longo dos neurônios.
1.2. Tratamento do TDAH MEDICAÇÕES UTILIZADAS NO TRATAMENTO DO TDAH MEDICAMENTOS RECOMENDADOS EM CONSENSO DE ESPECIALISTAS PRIMEIRA ESCOLHA: Estimulantes
NOME QUÍMICO
NOME COMERCIAL
DOSAGEM
DURAÇÃO
Lis-dexanfetamina
Venvanse
30,