Familia contemporanea
Curso DE SERVIÇO SOCIAL
EMMELINE GOMES DE SOUZA
PRODUÇÃO TEXTUAL
UMA ANALISE DA FAMILIA CONTÊMPORANEA
Itamaraju
2011
EMMELINE GOMES DE SOUZA
PRODUÇÃO TEXTUAL
Uma Analise da Familia Contemporanea
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Sociologia.
Orientador: Profº.
Itamaraju
2011
Introdução
Todas estas transformações psico-sócio-económicas da família não aconteceram simultaneamente em todo o mundo ocidental, nem sequer em todas as sociedades ou comunidades do mesmo Estado. No entanto, as investigações dos diversos autores demonstram que, para a reconstrução da família “normal” depois da II Grande Guerra Mundial, as políticas sociais assentavam em que as mulheres estavam disponíveis para o trabalho doméstico e para cuidar das crianças e dos velhos, sem auferirem salário.
Para isso, muito contribuíram as teorias psicanalíticas de Bowlby (1951/53) que enfatizavam a relação mãe/bébé permanente como essencial ao pleno desenvolvimento das crianças. Este foi um dos períodos mais negros da história das mulheres que, em pleno séc. XX, se viam na eminência de nunca mais se desenvencilharem do trabalho doméstico e de se afirmarem como uma pessoa válida para qualquer tipo de trabalho.
As análises sociológicas das famílias do séc. XX consideravam a família como “uma unidade homogénea, cuja posição social derivava exclusivamente da posição ocupacional do chefe da família” (Saraceno, 1992). Este trabalhava fora a tempo inteiro, sendo o “ganha-pão” e a esposa, se trabalhasse, mal dava para os “alfinetes”, dependendo, assim, do apoio financeiro do marido. As mulheres das classes mais baixas que trabalhavam fora, sobretudo em part-time, faziam o serviço doméstico das classes mais elevadas, enquanto que as das classes médias trabalhavam em casa.
Segundo Chiara Saraceno, apenas na investigação sobre o quotidiano das famílias operárias