EuroDisney
“As nove renas finlandesas que deveriam dar clima de Natal à Eurodisney - instalada desde o início de 1992 a 32 quilômetros de Paris acabaram propiciando um cenário simbólico das dificuldades de Mickey no Velho Continente. Para surpresa dos organizadores, algumas renas estavam em plena troca de pêlo, não se adaptaram bem ao clima francês, recusaram-se a beber a água local e, completando a tragédia, os chifres galhados de três delas caíram. Seria apenas uma desculpável falta de sorte, se não fossem outros percalços. Os europeus não se animam com o mágico reino da diversão, como sugerem os 35 milhões de dólares de prejuízo acumulados, até setembro de 1992, pela Eurodisney - um mega investimento de 4 bilhões de dólares.”
Revista Superinteressante – Edição 64 - jan 1993
O texto abaixo foi preparado com base em uma coletânea de material encontrado na internet a respeito do parque temático da Disney no território Europeu – o EuroDisney – já famoso pelas dificuldades iniciais enfrentadas e extensamente explorado como um caso de fracasso nos negócios. O objetivo do texto é estimular o raciocínio e o questionamento das relações entre empresa e seu ambiente como fatores contributivos para o êxito de qualquer negócio.
O empreendimento:
A empresa abriu em 1987 e a reputação da Walt Disney, maior acionista do investimento serviu de base para que se gerassem expectativas de que os europeus teriam comportamento similar ao público americano, em termos do tempo passado no parque e consumo médio em alimentação, brinquedos e lembranças. Vale lembrar que o
EuroDisney tinha como modelo um esquema que funcionava bem nos Estados Unidos.
Além disso, uma réplica da Walt Disney World, em Tóquio, tinha iniciado atividades em 1984, recebendo, só no primeiro ano, 10 milhões de visitantes que consumiam em média 75% a mais do que inicialmente previsto. Porém, para os adoradores do Mickey
& Cia, o motivo de tamanho interesse no caso francês é o grande fracasso inicial do seu modelo de