Eugenia na Era Vargas
Eugenia e a Era Vargas
Eugenia
Eugenia é o termo utilizado por cientistas sociais e historiadores para definir um processo de “melhoramento da raça humana”. Termo criado por Francis Galton, no século XIX, se refere a praticas que acabaram se tornando muito aceitas devido a ascensão da hereditariedade. Os adeptos as práticas acreditavam que o futuro do ser humano já estava pré-definido em seus genes, se seus pais fossem pobres, seu descendente nasceria com os genes dos dois, e seria respectivamente pobre. As praticas faziam então a separação das espécies ditas como “inferiores” (pobres, negros, judeus, homossexuais...) das ditas “superiores” (ricos, brancos, católicos, heterossexuais...), pretendia dizimar as raças mais fracas, estimular o procriação entre as raças mais fortes e fazer a sim a evolução da raça humana.
Eugenia no Brasil e na Era Vargas
Nancy Stepan, ao analisar as origens do movimento eugênico no Brasil, argumenta que a década de 1920 foi no país marcada por um “otimismo”. Essa autora tece considerações baseadas na comparação entre a situação política, econômica e social brasileira com a que a Europa atravessava. As consequências da guerra, a perda da hegemonia europeia no cenário mundial e a degeneração nacional foram questões que dominaram o cenário europeu durante os anos 1920. No Brasil teria ocorrido justamente o contrário. Aquele momento histórico produzira um “novo otimismo”, representado, entre outros aspectos, pelo pensamento eugênico, com a crença na possibilidade da regeneração nacional por meio da regeneração racial: “A longo da década de 1920, a eugenia esteve associada ao patriotismo e à reivindicação de um papel mais importante para o Brasil nos assuntos internacionais”. Segundo Stepan, as origens da eugenia no Brasil também podem ser compreendidas como uma resposta às “questões sociais”, como a miséria e o estado enfermo em que se encontrava a população trabalhadora. No período