Diplomas de brancura
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma pequena discussão do livro Diploma de brancura. Política Social e racial no Brasil- 1917-1945, abordando os dois primeiros capítulos do livro. Escrito por Jerry Dávilla, professor e especialista sobre relações raciais, e traduzido por Cláudia Sant’ Ana Martins.
O primeiro capítulo tem como título construindo o “homem brasileiro”, o autor discute as transformações nas políticas raciais brasileiras, dando ênfase ao estudo sobre a construção do novo homem brasileiro, discutindo a influência das políticas modernizadoras da época na formulação da imagem da nova nação brasileira. Segundo o autor a aparência do homem brasileiro foi motivo de grandes discussões entre futuristas, diante disso, Dávilla aborda os projetos do Ministério da Educação e Saúde dirigido por Gustavo Capanema, na construção desse novo homem. O MES tinha como responsabilidade preparar e afeiçoar o homem do Brasil, a preocupação de Capanema era de construir a nova escultura do homem brasileiro encomendada pela sociedade moderna , para combinar com o novo prédio modernista do MES, localizado no Rio de Janeiro. Para construir um novo homem, era necessário romper com a identidade construída a partir dos negros ou da raça mestiça, para os futuristas, o Brasil do futuro tinha que ser branco. A visão de Gustavo Capanema causou grandes discussões entre os cientistas, o escultor, Celso Antônio defendia a idéia de que o “homem brasileiro” era um caboclo. O ministro Capanema discordava desse pensamento, já que suas políticas eram baseadas na teoria eugênica. Neste sentido, o autor vai abordar a eugenia brasileira, que segundo ele, funcionava como uma política de higienização social, onde a raça dos negros,