Resumo Diploma de Brancura
O texto em questão faz alusão em como uma elite médica, científico social, inteligente e branca emergente transformou seus pressupostos sobre raças em políticas públicas educacionais. No século XX, essa elite começou a propor que a degeneração era uma condição adquirida e, portanto remediável. Sendo que as pessoas podiam escapar a categoria social da negritude por meio da melhoria de sua saúde, nível de educação, cultura ou classe social. Inversamente, os brancos podiam recrudescer por meio da exposição à pobreza, vícios e doenças. Em outras palavras, dinheiro, educação e outros níveis de ascensão social aumentavam a brancura.
As políticas públicas educacionais, conduzidas por pensadores como Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, Fernando de Azevedo, Antônio Carneiro Leão e Edgar Roquette Pinto, tiveram um sentido ambíguo. Se, por um lado, batalharam por novas oportunidades no sistema escolar público como um todo, beneficiando alguns segmentos da população historicamente excluídos (interessante ressaltar que em nossa formação de pedagogos, só estudamos por este viés); por outro, reforçaram uma imagem negativa desses mesmos segmentos. Alunos pobres e de cor foram estereotipados de doentes, problemáticos e de limitados quanto ao potencial cultural e intelectual. Dávila examina e nos apresenta de que maneira a educação pública foi expandida e reformada culminando à reprodução das desigualdades raciais e sociais.
Pela leitura do texto fica evidente que seu escopo não foi julgar as idéias dos educadores pioneiros, mas entender como as concepções orientaram suas práticas políticas e refletiram nas instituições que eles criaram ou reformaram. Dotados da "incumbência de forjar um Brasil mais eurocêntrico e norteados por um juízo de modernidade vinculado à brancura, esses educadores construíram escolas em que quase toda ação e prática estabelecia normas racializadas e concedia ou negava recompensas com base