Especulação
A Especulação financeira permanece um conceito difícil de ser definido, apesar de relatos detalhados da prática que remontam à Antiguidade[1][2], só em fins do século XVIII adquiriu um conceito econômico e mesmo assim, impreciso.[3]
Um dos conceitos popularmente aceitos afirma ser a mesma qualquer aposta baseada nas previsões acerca dos desdobramentos econômicos do futuro de um país, um evento, um setor de atividade ou de uma empresa.[4]
Os movimentos das bolsas de valores, por exemplo, resultam em parte de manobras especulativas. Um grande número de agentes (pessoas físicas ou instituições financeiras), a todo momento lançam as suas expectativas uns contra os outros em busca de ganhos futuros ou preservação do capital. As expectativas baseadas em tais ações são portanto diversas e, devido a tal divergência, se concretizam ou não a todo instante.[5]
Devido à falta de conhecimento, condições, preparo e educação político-financeira, a grande maioria das pessoas acaba não atuando de forma ativa nos mercados,[6] apenas reagindo ou sofrendo passivamente as consequências dos movimentos que neles ocorrem.[7]
A partir da década de 1990, a popularização da Internet e de algumas ferramentas mais acessíveis à população para atuação nos mercados que esta propicia, como os home brokers, tornaram possível, ainda que de forma lenta e assimétrica, uma maior participação do cidadão comum nos mercados de capitais.[8]
Causas Macroeconômicas das grandes movimentações
Movimentos especulativos de porte costumam ser precedidos em geral por grandes mudanças tecnológicas e/ou político-comportamentais que induzem o sistema financeiro a se adaptar criando para isso novas ferramentas financeiras, tanto para captação de poupança, como para expansão de capital. Isto se dá pelo fato de se saber que os novos paradigmas serão dominantes, mas não ao ponto de se avaliar com precisão quais deles serão vitoriosos e qual o prazo de consolidação dos mesmos.[9][10] Entre