Julgamento de nuremberg - análise à maior farsa jurídica do nosso século
Por J.A.C. e A.C.R. (este texto, extraído do Caderno Cultural nº 3 das Edições Último Reduto, é de 1982. Nesta data ainda não tinham “suicidado” Rudolf Hess.)
Prefácio
“Quem escreve a História é sempre o vencedor — a história da sua vitória e a do vencido, cuja opinião nunca foi solicitada... E que ele nunca pode dar.” — PAUL POESSON.
Este estudo não pretende ser definitivo. Trata-se apenas de mais um concludente testemunho para a completa reabilitação da memória dos acusados de Nuremberg. 36 anos depois, chegou à altura de desmascarar toda a máquina montada para assassinar os dirigentes Nacional-Socialistas. É este o nosso dever.
Na fria madrugada de 16 de Outubro de 1946, numa velha sala do ginásio municipal de Nuremberg, foram enforcados dez dos principais dirigentes Nacional-Socialistas que, depois da maior paródia jurídica do século, passaram à História como os “criminosos” da II Guerra Mundial.
[->1]Hoje, como acima foi dito, um estudo sério sobre as atas e processos deste julgamento levariam ao cancelamento da maior parte da sentença e demonstraria quão injusta é a “justiça” humana quando o juiz tem nas mãos a espada do vencedor, pendendo ameaçadoramente sobre a cabeça dos vencidos.
Este processo foi o mais importante mas não o único. Até 1949 foram julgados pelos tribunais de desnazificação milhares de soldados e civis. Na esmagadora maior parte destes pretensos julgamentos o juiz limitava-se a ler a sentença que era invariavelmente a pena de morte.
Todos os julgamentos tinham também em comum o fato de as condições vitais dos acusados serem as piores possíveis, desde a falta de instalações sanitárias e de comida aos espancamentos e torturas para obterem “confissões”.
Como exercício físico diário, os acusados de Nuremberg tinham apenas direito a passear num pátio de 30 metros durante 20 minutos, sendo obrigados a estarem distanciados uns dos outros 10