Especulação Financeira e a Mídia

GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA, ESPECULAÇÃO E A MÍDIA.

Globalização de capitais
O mundo atual está em completa e profunda interligação. Este fenômeno, acentuado ainda mais com o avanço na área da tecnologia e informação permite com que os acontecimentos em um determinado país, por exemplo, afetem significativamente e de maneira instantânea diversos segmentos de outros países ao redor do mundo, sobretudo o segmento financeiro.
Da maneira como os mercados financeiros encontram-se interdependentes, é inegável afirmar que qualquer que seja o fator ocorrido, os efeitos surgirão concomitantemente nos mercados que deste país dependem. Como exemplifica Brasile (2002, p. 4):
Um grupo de terroristas arremessa um avião de passageiros sobre o World Trade Center e as bolsas desabam junto, da Turquia ao Brasil. Um novo chip de computador é desenvolvido na Califórnia e dezenas, senão milhares de empresas deixam de ter condições de existir.
Dentro deste contexto de globalização no qual o mundo está inserido, a parte que mais sofre um grau de internacionalização é, sem dúvida, o sistema financeiro. Em virtude do avanço da tecnologia e da liberalização de mercado, hoje se vê uma intensa rede de transações financeiras que não dependem de limites geográficos para existir. De acordo com Carvalho e Silva (2007, p. 287) “na atualidade, os mercados operam 24 horas por dia, on line, pois, quando o de um país se fecha, o outro está começando a operar”. Em consequência destas possibilidades de movimentos de capitais internacionais de maneira instantânea, criou-se uma rede global virtual de mercados financeiros. Utiliza-se um capital fictício onde não existe mais a noção e correlação entre bens tangíveis e o mercado financeiro. Neste complexo sistema negociam-se derivativos financeiros, ações e títulos sem a presença real dos capitais, o que pode gerar grandes instabilidades no sistema e o surgimento de bolhas e crashes.
Especulação e a influência da mídia
É neste contexto de capitais