Governança

1139 palavras 5 páginas
Como um castelo de cartas, o mercado financeiro global vem rapidamente se desfazendo, evidenciando a ganância dos banqueiros, a incompetência dos reguladores e a ingenuidade daqueles que têm acreditado que a "farra do boi" iria continuar para sempre. Na verdade, obedecida a lógica natural das coisas, o processo que ora se desencadeia e que já queimou mais de um trilhão de dólares (e cuja sangria ainda não se estancou), era mais ou menos óbvio porque em lugar algum, em sistema algum, existe a possibilidade de que todos saiam ganhando sempre. A conta tem que fechar, não é assim? Se um lucra deve ser à custa de outro que perde e, um dia, desfeito o circo financeiro, a realidade acaba vindo à tona. E foi isso que aconteceu nesse setembro negro de 2008. Qualquer que seja o final dessa história triste, há lições importantes a aprender, algumas já sinalizadas por especialistas e analistas de plantão e que vale a pena repetir. A primeira delas é que esse negócio de auto-regulação do mercado é uma balela porque, sobretudo no mercado financeiro onde prevalecem os predadores, alguém iria ser comido vivo um dia e a gente só espera que sejam os "Bushs" da vida , bancos, seguradoras e outras organizações que vivem da especulação, dos juros escorchantes, dos empréstimos sem garantia, essa ciranda maluca que envolve pessoas honestas, mas que acreditam que dinheiro legal é aquele que se ganha sem fazer força. O mercado não se auto-regula porque é controlado por oportunistas, pelos mais fortes e por todos os que não produzem mas que vivem se refastelando em mesas com comida farta, subsidiada pelos menos favorecidos. Isso vale para os Estados Unidos, para a Índia, para Singapura e para o Brasil. A segunda lição é que o capitalismo selvagem só é bom para os que têm o controle do jogo e que, quando as labaredas crescem, são socorridos por governos omissos ou corruptos, preocupados com a quebradeira geral e, sobretudo, pelos resultados de eleições

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