Crise de 2008
Introdução do capítulo.
Neste capítulo serão abordados os fatos que ocorreram no EUA que culminaram na eclosão da bolha de empréstimo e, consequentemente, na crise econômico-financeira do subprime. O EUA, desde o final da segunda guerra mundial, vinha em uma constante ascensão econômica e política. As décadas de 50, 60 e 70 foram marcadas pela capacidade de produção e consumo do norte americano e pelos movimentos ambientais, em prol de uma economia forte, mas também ligada ao meio ambiente.
Na primeira metade da década de 80 Ronald Reagan, do partido Democrata, é eleito presidente do, então, país mais poderoso no cenário internacional. E é quando inicia o processo de desregulamentação financeira na economia americana, dando margem para especulação financeira. Bresser-Pereira (2008) explica em uma série de fatos que se tornaram claros a respeito da crise financeira “sabemos que tudo isto pode ocorrer porque os sistemas financeiros nacionais foram sistematicamente desregulados desde que, em meados dos anos 1970, começou ase formar a onda ideológica neoliberal ou fundamentalista de mercado. Para ela os mercados são sempre eficientes, ou, pelo menos, mais eficientes do que qualquer intervenção corretiva do Estado, e, portanto, podem perfeitamente ser autorregulados”
1.1. Antecedentes externos
A crise de 2008, mais conhecida como a crise do subprime, foi considerada a pior crise enfrentada pelos EUA desde 1929. Em 2002, em entrevista, Paul Krugman identificou sintomas padrões de ocorrência de uma crise: “É impressionante: parece até que estávamos falando da crise atual. Isso mostra que a mecânica da crise e os termos são os mesmos – e era previsível”. Para o autor, houve alertas ignorados pelos EUA, como por exemplo, as crises na América Latina.
Ao longo de gerações, os países latino-americanos se caracterizaram pela propensão quase sem igual a crises cambiais, a falências bancárias, a acessos hiperinflacionários e a todas as mazelas